de repente senti
como se o gelo do Ártico
se derretesse sobre mim.
temi a frialdade da vida.
meu mundo se desmoronava.
escutava longe o sibilar do vento
com seu dedo em riste
com sua voz carrancuda
com seus vociferos.
via em todo rosto
um bush
um herodes
um nero.
depois entendi os meus temores:
a borrasca deixou destroços
espalhados no tempo confuso.
e eu fora do meu fuso
mergulhado naquele dilúvio incandescente
só via vultos fantasmagóricos
que se escondiam pelas frestas
das vidraças estilhaçadas.
sábado, 8 de outubro de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)