O peito transbordante de assombros,
Angústias latentes no líquido interior.
Tudo circundado de mares irrespiráveis
Sob uma gigantesca bolandeira vermelha
Que se alastra no meu enevoado céu.
Surgem no âmago do meu imaginário
Fendas e trevas nebulosas, infernos ignaros.
O movimento intermitente do vôo cego
De um morcego que teima azoretar-me
Causa-me delirantes calafrios, rusgas deletérias
E meu mundo de silêncio explode
Numa expressão apavorante.
Apenas o eco das vozes de minhas ignotas
Criaturas retumba no vazio de minhas entranhas!
sábado, 23 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
APENAS O MOMENTO
Aroldo Camelo de Melo
Havia uma penumbra
sob uma aura levitante.
Havia uma névoa amorosa
inundando aqueles ares.
Aquele cenário enigmático
estremecia arredores.
Nossos corpos deslizantes
escudavam-se mutuamente
em conluiado silêncio.
Ouviam-se bochechos
De um amontoado
de sílabas (in)coerentes
naquele diálogo intermitente,
sem fôlego!
Importava apenas o momento,
o fato e o ato do desejo.
Havia uma penumbra
sob uma aura levitante.
Havia uma névoa amorosa
inundando aqueles ares.
Aquele cenário enigmático
estremecia arredores.
Nossos corpos deslizantes
escudavam-se mutuamente
em conluiado silêncio.
Ouviam-se bochechos
De um amontoado
de sílabas (in)coerentes
naquele diálogo intermitente,
sem fôlego!
Importava apenas o momento,
o fato e o ato do desejo.
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