terça-feira, 5 de maio de 2009

APENAS O MOMENTO

Aroldo Camelo de Melo



Havia uma penumbra
sob uma aura levitante.
Havia uma névoa amorosa
inundando aqueles ares.
Aquele cenário enigmático
estremecia arredores.
Nossos corpos deslizantes
escudavam-se mutuamente
em conluiado silêncio.
Ouviam-se bochechos
De um amontoado
de sílabas (in)coerentes
naquele diálogo intermitente,
sem fôlego!
Importava apenas o momento,
o fato e o ato do desejo.

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