Aroldo camelo de melo
Atormentado, corto os filamentos
De minha cabeça entorpecida
Junto os ossos, o que restou da vida
Com mil pesares e constrangimentos.
Vagante por escarpados caminhos
Qual ave migratória em solo alheio
Vou eu singrando do deserto em meio
Colhendo aquilo que plantei: espinhos!
Assim hoje me vejo tão sozinho
Entre escombros e ervas corrompidas
Bebendo o hausto amargo, a toxina.
Será essa, meu Deus, a minha sina
Deambular por erma via dorida
Sem retorno ao meu antigo ninho?
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
SERÁ QUE DEUS QUER QU’EU MORRA?
Aroldo camelo de melo
A vida cai em densa treva.
A escuridão amedronta.
Tudo que vejo me afronta
Até uma brisa fria que se eleva.
No horizonte da retina
Vejo teu corpo que se afasta;
De repente minha visão embaça
E teu corpo some na neblina.
É tarde!Escuto o murmurar do vento
Que traz o teu inconfundível aroma.
Onde estou? Campina, Guarabira ou Roma?
Teu silêncio não me serve de alento.
A noite se agiganta!
Esfria e atinge minha garganta.
O tempo extático assiste a tudo
E tudo conspira e me espanta!
Sou só murmúrio de frases tristes;
Meu olhar mareja no infinito.
Teu olhar é duro como o granito.
Fere-me teu afiado dedo em riste
E sinto-me cair em escuros veus.
Meu sangue sobre pedras jorra.
Será que DEUS quer qu’eu morra
E eu não veja o azul dos ceus?
A vida cai em densa treva.
A escuridão amedronta.
Tudo que vejo me afronta
Até uma brisa fria que se eleva.
No horizonte da retina
Vejo teu corpo que se afasta;
De repente minha visão embaça
E teu corpo some na neblina.
É tarde!Escuto o murmurar do vento
Que traz o teu inconfundível aroma.
Onde estou? Campina, Guarabira ou Roma?
Teu silêncio não me serve de alento.
A noite se agiganta!
Esfria e atinge minha garganta.
O tempo extático assiste a tudo
E tudo conspira e me espanta!
Sou só murmúrio de frases tristes;
Meu olhar mareja no infinito.
Teu olhar é duro como o granito.
Fere-me teu afiado dedo em riste
E sinto-me cair em escuros veus.
Meu sangue sobre pedras jorra.
Será que DEUS quer qu’eu morra
E eu não veja o azul dos ceus?
O CIRCO ESTÁ EM LABAREDAS DE FOGO
Aroldo camelo de melo
O circo está em labaredas de fogo.
Há uma anarquia generalizada.
Urbes a beira do descalabro.
Palhaços sorriem atropelando as línguas
Enquanto bailarinas dançam em círculos
Numa cerimônia de um ritual macabro.
Tudo se veste do pandemônio.
Alastra-se pela areia do deserto a expiação
No ritmo de uma fúnebre canção.
Longe se escuta o gargalhar de prósperos demônios
- Falsos deuses que se lambuzam com seu cáustico poder.
Jeová já não escuta esse alarido? Estará Jeová irado?
A libertinagem avassala o templo. Estão soltas as bestas.
Trombetas gigantes anunciam o final das festas.
Aleluia, aleluia porque o tempo do fim é chegado.
O circo está em labaredas de fogo.
Há uma anarquia generalizada.
Urbes a beira do descalabro.
Palhaços sorriem atropelando as línguas
Enquanto bailarinas dançam em círculos
Numa cerimônia de um ritual macabro.
Tudo se veste do pandemônio.
Alastra-se pela areia do deserto a expiação
No ritmo de uma fúnebre canção.
Longe se escuta o gargalhar de prósperos demônios
- Falsos deuses que se lambuzam com seu cáustico poder.
Jeová já não escuta esse alarido? Estará Jeová irado?
A libertinagem avassala o templo. Estão soltas as bestas.
Trombetas gigantes anunciam o final das festas.
Aleluia, aleluia porque o tempo do fim é chegado.
Assinar:
Postagens (Atom)