Aroldo camelo de melo
A vida cai em densa treva.
A escuridão amedronta.
Tudo que vejo me afronta
Até uma brisa fria que se eleva.
No horizonte da retina
Vejo teu corpo que se afasta;
De repente minha visão embaça
E teu corpo some na neblina.
É tarde!Escuto o murmurar do vento
Que traz o teu inconfundível aroma.
Onde estou? Campina, Guarabira ou Roma?
Teu silêncio não me serve de alento.
A noite se agiganta!
Esfria e atinge minha garganta.
O tempo extático assiste a tudo
E tudo conspira e me espanta!
Sou só murmúrio de frases tristes;
Meu olhar mareja no infinito.
Teu olhar é duro como o granito.
Fere-me teu afiado dedo em riste
E sinto-me cair em escuros veus.
Meu sangue sobre pedras jorra.
Será que DEUS quer qu’eu morra
E eu não veja o azul dos ceus?
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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