Aroldo camelo de melo
Meu verso, em constante mutação,
Viaja vales e montanhas,
Desce cordilheiras, navega desertos,
Mas onde habita mesmo,
É onde tudo é dúbio, incerto.
Meu verso denuncia meu avesso
Como se eu fora réu confesso.
Pode trilhar caminhos de monotonia
Mas não trafega por vias da histeria.
Digo pouco sobre o amor,
Porém quando digo, é com louvor.
Não reinvento palavras,
Mas, às vezes, meu sol não alumia,
Minha lua, quando estou de lua,
Num mar de cinzas, flutua.
Meu verso é displicente,
Carente de uma linha,
Se se quer acadêmico,
Endêmico, definha!
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
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