Ao crepúsculo que se avizinha
Boas vindas já lhe dou
Porque sereno vou nesse outeiro
Com os olhos ingênuos de um cordeiro.
Não o temo, ao contrário, vou amá-lo
Porque todos os meus quebrantos
Já foram dissipados
E todos os meus sobressaltos exorcizados.
O passado não pesa mais que o futuro
E somente pela impossibilidade de vivê-lo
É que a ele dedicamos tanto zelo.
Quero viver meu destino crepuscular
E já me armo de minhas histórias vividas.
Sem as amarras hipócritas da censura,
Vou narrar todas as venturas e desventuras.
Quando noite eu for
Não temerei meus escuros
Nem meus esconderijos
Porque já não poderei me esconder
Das luzes que desnudam meus segredos.
E chegará o tempo de meu silêncio
E não haverá mais guerra entre o ser e o não ser,
Porque tudo resvala para o imponderável
E adormece onde descansa a incerteza.
sábado, 3 de abril de 2010
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Um comentário:
Excelente poesia, principalmente o ponto que se refere ao passado. Parabéns!
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