Aroldo camelo de Melo
Tropeça nas espirais do vento
E sacode as cinzas que flutuam a esmo
E se esvai como pálidas sombras
Na iminência de ser tragada
Por um redemoinho medonho.
Essa cósmica poeira que como um cavalo errante
Singra a relva celeste e entre enigmas compõe,
Numa intensidade alucinógena,
A futura ópera de deuses inoperantes e ausentes.
Deuses que teimam em abstrações vulgares
E se embriagam com a opacidade de suas próprias palavras
Adormecidos em suas redomas sombrias.
A palidez das imagens revela
Que os astros não são tão luminosos
E tudo se resume num silencioso fluir de tempos de pouca luz.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
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