domingo, 5 de julho de 2009

NOITE, VAZIO DE PEDRA














É imensa a noite.
Horas são séculos.
Pesadelos atropelam
A enfática lucidez
Que teima regra absoluta.

Entre Christophe Tarkos
E Augusto dos Anjos
Perduram inquietações da alma
E da vida com a morte entrelaçada.

Há um desabafo na suposta
Loucura que corrói o sono.
Essa necessidade fremente
De ser fera entre feras,
Do Augusto e a lástima
De Tarkos de nenhum poder
Sobre sua morte,
Traduzem angústias inconciliáveis.

Assim, a noite é vazio
De pedra e soa metálico
Verbos repetidos
E o vôo cego de morcegos
Misturado a visões
De moléculas putrefatas,
Denotam inquietações fortes
Que transbordam efusivamente
Na celebração da morte.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito da imagem! Você está cada dia melhor, poeta!

Anônimo disse...

Eu também gostei. Parabéns, da poesia que estou falando, mas também da imagem!