Onde vão os
companheiros desta caminhada
Com seus
ventres escancarados e seus olhos
Furados em
pedra bruta?
Eu direi a
eles destas libertinagens e gritarei
Aos surdos com
suas ramificações pelos
Labirintos inconciliáveis
que os tempos de silêncio
Se perpetuam
numa singular aridez
E o açoite
noturno se faz ouvir nos confinsLongínquos e impenetráveis.
Por onde anda o cavalo alado dos mares bravios
Mensageiro errante de esperanças vãs
Que não anuncia o instante apocalíptico
Que se evidencia nas clareiras abertas
Por estes ventos aziagos?
Ah! Jovens e antigos companheiros de jornada
Que posso eu fazer para arrefecer esta chama
Que se espalha e dilacera todos os laços?
Que faço para aplainar esta fúria esta volúpia avassalante
Que ocupa e corrompe todos os espaços?
Meus gritos silenciaram numa plataforma de pedra
E o meu sopro incapaz de apagar o incêndio das horas.
As forças se esvaíram e se acomodaram no agora
E eu cabisbaixo e patético me escondo
Na densa folhagem desse mundo desértico.
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