sexta-feira, 26 de junho de 2009

ANGÚSTIA

Aroldo camelo de melo



Sobre a vida estive horas a matutar
Buscando nos entremeios o sentido
Do ser. De exacerbo fui acometido
Ao mirar o horizonte, nuvem e mar.

É tão diminuto o concerto da existência
E de sonoridade de templos ensurdecidos.
Nada me comove e assim desvanecido
Rio-me e abjuro o fausto sem essência!

O eco adverso e rotundo no céu vazio
Faz-me meditativo em pensamentos;
Leva-me a alma ao naufrágio e desvio

O olhar daquilo que só me angustia
E provoca cataclismos e tormentos.
Crer em Deus é toda minha calmaria!

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