ERA BIZARRA
Aroldo camelo de melo
Uma era bizarra. Tempos caolhos!
E tudo ia morosamente no dia.
As horas manietadas aos olhos
Vesgos sobre brumas de monotonia.
Nada refletia a luz metálica do sol.
E tudo era opaco, translúcido talvez,
Como se apagasse, de quando em vez.
Aquele tom lilás, fim de arrebol!
Fluir de luz arredia (inda lembro!)
Indefinida no ciclo do tempo.
Senti um poderoso falcão virtual
Que feria as brancas tetas do vento
Naquela nudez estática e trivial.
E era verão, em pleno janeiro!
terça-feira, 29 de março de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário