quinta-feira, 31 de março de 2011

PRECE DE UM POLUTO

Aroldo camelo de melo


Aqui estou Senhor, a teus pés contrito,
A te rogar perdão. Eu te imploro
Senhor, Tu vês meu corpo em conflito,
Em luta atroz. Já retumbante coro

De teu azorrague nos campos brada.
Foi tua sentença rude, sem indulto,
E fui tão corrompido, inculto
Que Tua ira nunca, jamais acaba?

Retarda Teu furor e não me destruas
Senhor, porque Tu és todo louvor
E tua misericórdia é infinita.

Minha alma está confusa, aflita,
Carece de Teu infindável amor!
Sei, Senhor, que tua mão não é tão crua!

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