aroldo camelo de melo
Contemplas a tua aura
Em teus derradeiros passos
E verás que é necessário colorir
Os aceiros da estrada vespertina
Porque na jornada que se finda
Negligenciastes no dever
E fostes silente com teus medos
E incoerente fostes ao se deixar levar
Pelos ventos taciturnos que sopravam agouros
E te lançavam de encontro ao vazio ancoradouro.
A verdade murmura aos teus ouvidos
E deves obedecê-la sem deixar resvalar na língua o olvido.
Eis a vertente da sabedoria: saber distinguir sombra e claridade.
Assim o manto aveludado e monótono dos ceus
Será o estrado horizontal onde descansarás teu alquebrado corpo!
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