Aroldo Camelo de Melo
No meu crepúsculo
o que restará de mim?
Nem os músculos,
só os ossos.
Talvez,
Com muito apelo,
os últimos fios do cabelo.
As lembranças
serão rastros
apagados sobre a areia.
Só o chorume
com seus queixumes
escorrerá pelas raízes subterrâneas.
No meu crepúsculo
talvez
só os meus encalhados
opúsculos
restarão esquecidos
pelos “sebos” empoeirados.
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