terça-feira, 3 de janeiro de 2012

SEM DESCULPA


aroldo Camelo de melo



o coração em acelerada
pulsação.
mais uma vez
em flagrante delito.
sem desculpa,
eu me demito!

olho por cima
dos óculos pequenos
o olho da rua.
envenenado
com meu veneno.

vou juntar
os meus trapos
e farrapos.
esvaíram-se as quimeras,
a noite abandonada
me espera.

o tempo me encara
com a cara amarrotada
e me cospe uma ventania
desalmada.

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