segunda-feira, 4 de abril de 2011

MULHER



Aroldo Camelo de Melo


Enquanto o tempo silencia na penumbra
Ergue-se numa coreografia crepitosa
Uma silueta de curvas senoidais.
Fluidez vertiginosa que emerge como um relâmpago.
Aquela lúcida fantasmagoria
Dança em espiral e no espelho do vento se maquia.
Vagueia em pensamentos. Vagueia...
E seu cadenciado movimento principia
Um ritual bacante sob efeito alucinógeno.
É ela que concebe o amor, esse fluido, etéreo alimento,
Na sutileza imóvel e penetrante de seu olhar.
O seu sopro é um bálsamo que silencia
O clamor de almas embriagadas.
Magia que se encanta sob essa aura de felicidade.
Um rosto de fêmea envolto em candente harmonia
Surge no pedestal sublime do mundo.
Ei-la, cativante e bela: MULHER!

Nenhum comentário: