Aroldo camelo de melo
Se o favo que encontro em tua boca
não fosse o néctar que se colhe da flor,
não me feria a alma nem traria dor
nem espasmos que no palato espoca.
É sonoro o que desliza em tua fala,
é harmonia que ecoa no infinito,
é brandura que aplaca o meu grito,
é melodia que soa e não se cala.
Minhas pupilas se abrem em euforia
no nascer incandescente de tua imagem.
É visível meu embaraço e alegria
quando me afogo no fogo dos teus braços.
Até a lua perde o rumo nas paragens,
nos confins, na imensidão do espaço.
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