Aroldo camelo de melo
Porque é natal
Estou como se o dia nunca fosse noite
E todos os tentáculos que me amarram
De uma só vez afrouxassem os nós.
Estou diante da liberdade mais completa
E todas as incongruências dissolvidas.
A minha língua calou-se para ouvir
O ritmado sibilar da concordância.
Vejo o sinal da paz piscando no horizonte
E assim atravesso todas as vertentes aziagas
E descanso a cabeça numa cachoeira de águas cristalinas.
O meu desejo é que o langor que se abatia sobre mim
Desapareça numa espiral do cosmos infinito
E se torne perene, crie raízes e inunde todos os corações
Esse vendaval de felicidade que me alaga a alma.
Porque é natal! Tempo ordeiro.
Deus nos mandou o Cordeiro!
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