quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

TEMPO INSUPORTÁVEL

  
Aroldo camelo de melo



Já não suporto
Essas noites
De soluços teatrais

Tudo se parece
uma confraria de perjúrios
De abutres ensandecidos

Os ceus se esvaíram
Depois que todos os profetas
de badulaque prevaricaram

Lançarei meus gládios
Em fúria no seio
dos hipócritas

Violarei seus túmulos
Caiados de corvo

Incinerarei os altares dos templos
Onde habita
Legião de anjos mentirosos

Queimarei todos os cânones
Dessas divindades aleivosas
E sobre as cinzas
                               Edificarei um império anarquista.

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