Aroldo camelo de melo
Sou igual, mas não uniforme.
Sou longe de uma engrenagem
Sem nome.
Sou a angústia que não dorme
E me consome.
Minha alma é um labirinto,
Um paradoxo inconcebível.
Só me entendo
Quando a ironia
Traz até a mim
Seu cântico de alegria.
Minha crença é a descrença
No que creio
E assim de permeio
Sou sombra e luz,
Agonia e êxtase,
Gravidade e leveza.
Não tenho certeza
Do que penso
Nem o que sou.
Não tenho fé
Naquilo que sou convicto.
-Eis o veredicto.
Quem sou?
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