Aroldo camelo de melo
Aos tombos, um trem desgovernado.
Como frear essa multidão de entulho?
A minha alma olha o calendário
E me avisa: o fim está próximo.
As estrelas me namoram
E eu nem olho suas piscadelas.
Nem sei quem sou e ainda me acho muito.
Um chamado me acorda.
É a minha voz refletida no espelho:
Reverbera meus medos.
A minha sombra, cabisbaixa,
Se esconde envergonhada
Porque meu corpo está nu.
O vento já não me questiona mais.
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