Aroldo camelo de Melo
Percorro meandros intensos das idéias
E descubro tantas interrogações.
Respondo com perguntas a mim mesmo.
É necessário burilar o pensar
Para desanuviar os abismos da vida.
Por ótica fecunda, quedo meus gládios
A matutar sobre a linguagem das pedras.
Se observo as formigas, constato que a mim
Só provém pobres idéias.
Pois que é tempo de sombras
Tenho que trafegar lentamente
Por labirintos salpicados de pólvora.
Pois que é tempo de cobras
Tenho que buscar abrigo
Nessa soturnidade, nesses ínvios caminhos.
Meu poema necessita falar todas as línguas
Na caça fremente de elocuções proféticas.
E se não falo o idioma dos anjos
É porque não me permite a hierarquia divina.
Necessária visão minuciosa e inspirada
Para distinguir o joio do trigo
E se o olho do mundo
Me espreita com olhos profundos,
Cogito para que não me ofusque
Com o falso brilho de estrelas alvadias.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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