sexta-feira, 7 de agosto de 2009

DEGUSTO TEU ORVALHO DÚCTIL
Aroldo camelo de melo

degusto teu orvalho dúctil
e bebo da vinícola do teu corpo.
sinto a maciez dos raios da lua
quando teu olhar me penetra.
teus movimentos rítmicos
é como a oscilação de um pêndulo
a marcar o compasso da minha alegria.
não quero que o tempo desfaça esse mistério
e o sol não se ponha enquanto tua luz me irradiar.
ergo as mãos aos céus numa prece infinita
para que não cesse essa luz vermelha
que é sangue para minha existência.

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