Aroldo Camelo de Melo
Já não se ouve o murmurar das palavras.
Soçobraram na avalanche do tempo.
É opaca a pátria dos deuses de barro.
Tudo se apaga na futilidade e na incoerência
Tosca que reina entre os homens.
Que a claridade se revele sobre esse templo de sombras
E minhas palavras não desemboquem num buraco negro.
Infinita é a distância que nos separa, mas ao piscar de olhos
Me vejo diante da face oculta do Deus do Universo.
Ele nos espreita com seus olhos de silêncio.
Tudo em desequilíbrio e a perfeição do cosmos nos assusta.
Não, não vos preocupeis em demasia. Esse caos reinante
Entre os homens faz parte do concerto.
Quem tem ouvidos que escute porque Deus sussurra
E no imenso azul do silêncio cósmico é que se manifesta
Seu poder. Desvendar esse segredo é dádiva de poucos!
domingo, 23 de agosto de 2009
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