Aroldo Camelo de Melo
Ousei questionar deuses nus
que se adornaram de véus
maculados do trivial
E bradaram de seus lábios
bramidos sedentos de furor.
Apontaram-me o deserto
onde queriam me exilar
e sob o jugo do azorrague
pensavam decepar-me a córnea,
pensavam cortar-me a língua,
pensavam silenciar-me o cérebro.
Em vão, pois o amanhecer
não desfolhou meu corpo
e o céu noturno com seus
luminares incandescentes
trouxe-me o ouro e a prata
que o deserto me furtou!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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