Aroldo camelo de melo
Com as mãos sobre o teclado do meu computador
vou dando vazão a tudo que brota na memória
e minhas palavras ressoam sussurros de minha alma
sob uma ventania de sílabas que desabrocham
de um clima aziago que me estremece as entranhas.
Talvez a claridade do vídeo não saiba dos escombros
que se escondem pelos becos do carpete infestado de ácaros
e as pessoas que me circundam, alheias e felizes,
não entendem a peçonha derramada pelos deuses de barro.
Escorpiões deixam a nu, em movimentos turvos, o ódio cego
por aqueles que não circulam pelos seus pântanos
e herméticos em suas couraças, constroem palácios de soberba
em suas parvônias, mirando holofotes incandescentes
numa ânsia tresloucada de se tornarem imortais.
Tolos, pensam que se protegem da justa natureza
que dia após dia vai ceifando silenciosamente seus artifícios
enquanto lavra a fatura atroz que lhes será debitada.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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