segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ALEGRIA DA CHUVA

aroldo camelo de melo



Disseram-me que chove lá fora.
Não vi, mas senti o cheiro alegre
Que está a exalar mundo afora.
Sorri a natureza cálida porque
Chove sobre a grama pálida.
As corujas se esborrifam em aleluia
E acasalam-se à luz do dia.
É uma chuva miúda, tênues pingados,
Mas as árvores oblíquas do cerrado
Fosforescem com uma só gota,
São pingos sem efeito sonoro
Mas inebriam ávidos poros
E apagam a ferrugem das folhas
Que se revigoram do outono.
Pássaros lançam colcheias ao vento.
A natureza sob a regência da chuva
Entoa a sinfonia do lírico cerrado!

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