Aroldo Camelo de Melo
E estes tentáculos que nos auscultam
E estas ruas intransitáveis de meu século
Estes redemoinhos estes burburinhos estes pergaminhos
Esta fotografia esta hipocrisia
Esta burguesia esta asia
Estes atrozes estes mordazes tempos
Estes ares estes mares estes pares
Dispares e fugazes
E estes lupanares que nos fervem e corroem o sangue
E estes rios poluídos que se mostram exangues
E estas horas pálidas que se arrastam lentas
E esta lâmina sangrenta
Esta faca afiada de dissabores
Deus, livrai-me destes
Livrai-me destes horrores.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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