Gozar de tua gula. Me completo até a medula.
Amanheço envolto em mistério. Saciado.
Em ti completo. Em todos os dialetos, comungamos.
Dos mesmos salmos nos alimentamos. Não é só carne
Que sacia a fome. Também do elixir do espírito,
A energia que nos funde. Em uníssono nossa canção se faz.
Se o chão teima em ser inferno, exorcizamos.
E o céu é nossa paz. Pedras não faltam no caminho,
Mas nossas mãos transformam paralelepípedos
Em esculturas. O bronze é ouro, pois a ternura
Pode muito mais. Tudo a um toque mágico da mão?
Não! Mas é na paciência que celebramos a arte
De, no recíproco, nos suportarmos a nós e aos outros.
De mundos díspares, na interseção encontramos
O equilíbrio. Eis o mistério de nossa união.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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