aroldo camelo de melo
Foge-me à percepção
De me saber quem sou.
Já me disse anjo,
Mas um anjo nu.
Já me pensei
Poeta confesso,
Mas pelo inverso.
Já me vi filósofo um dia,
Mas filosofei a anarquia.
Só sei quem sou
Quando de ti estou perto
Pois meu erro tem conserto
E minha nau volta a velejar
Por águas mansas;
Nada me cansa
Nem me mete medo,
Dissipam-se os segredos
De minha vida oblíqua
E assim desnudo
Imploro teu sedoso manto
Que me aquece tanto
Neste vendaval.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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