terça-feira, 6 de outubro de 2009

REVIRAVOLTA


Que de tão saciado se fez fastio.
Jamais soubera o significado do não-ter.
Perder: verbo nunca conjugado.

O olhar por sobre os ombros explicitava
a supremacia. Pose de Alexandre - o Grande.

De repente, silencioso, o desmoronar
do Nababesco. O cupim produzindo ruína.
O presente não se alimenta do que se pensa.

É a vida a reinventar seu destino. Não é à toa
que se desmaterializa o torpe. O corpo sangra
e rui pelas rupturas. Nem estátua de bronze
se perpetua. Tudo é perecível.
O infinito é Deus. Só.

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