segunda-feira, 5 de outubro de 2009

INFINITO AO ALCANCE DA MÃO

Buscar nuvem como sustentáculo. Construir castelos
De areia. Será falso o chão onde finco os pés?
O vácuo é inanimado. Templo sem rosto. Cadafalso.
Tudo no cosmos é imensidão. Esferóide na forma.
Neste céu inerte a alma não se encaixa.

Lapidar o tempo é preciso, em compasso!
É preciso burilá-lo.O tempo dirá se princípio ou fim.
Por que pressa se a viagem é infinita?
O torto é o caminho mais curto entre dois pontos?
De voltas infindas se cercam trajetórias longas.

É pacífico meu convívio com abismos e ruínas.
Por ventura o acaso constrói existência duradoura?
Meu corpo é poeira, barro que só o Oleiro faz arte.

A caminhada só faz sentido se mira Tua morada.
Não sei Teu endereço, mas uma fé me guia. Destarte,
Tudo ficará em órbita até que se aviste a eternidade.

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