sexta-feira, 9 de outubro de 2009

E QUANDO ARDE O SOL

aroldo camelo de melo


E quando arde o sol na costa nua
E treme a terra e a terra balbucia dores,
Escutam-se vagidos e clamores
Da seca que calcina e extenua.

Nem o refrigério das névoas vespertinas
Quando o planeta Vênus vai nascendo
Ofusca o calor do sol esmaecendo
Na tarde rendida à fúria repentina!

Raios vermelhos refletem no arrebol
Anunciando mais um dia de lamúria,
Nuvens magras, ressequidas e espúrias

Vagam no anil do espaço sideral.
Sopram fracos ventos agoureiros.
Escapam da morte apenas os guerreiros!

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