aroldo camelo de melo
Cabul, Cabul, Cabul...
Choviam bombas
Incinerando o inferno...
Um céu cinza apagava o sol
Amarelo de medo.
Campos minados
Decepando olhares
Pernas e orelhas
Um choro doído
Estampado no rosto
De uma criança desnuda.
Ruínas vazando retinas
E ao longe, fumaças, destroços,
Crucifixos, covas rasas
E os sonhos da noite
Invadidos por morcegos, vampiros
Espreitando rajadas de sangue
Dos fuzis de última geração.
No alto do Himalaia
Monges tibetanos
Sonolentos
Na paz dos seus jazigos
Esculpem o equilíbrio
De mente e corpo
Enquanto corpos de homens e mulheres
Embalam canções ianques
E o mundo dorme à beira do precipício.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
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