sexta-feira, 2 de outubro de 2009

POEMA PARA AMÉLIA MARIA SOBRAL LOUREIRO

Aroldo Camelo de Melo


É um eco que vem de plagas distantes
E nos chega em delicadas e vibrantes sinfonias
Que falam de ti e reverberam tua personalidade
Impar na atribulada arte de liderar.
Tu és um ente em concórdia com o universo
E tu danças com desenvoltura nos salões da burocracia
Com a paciência de anjos anárquicos
E quando tu te fechas já engatilhas escotilhas
Por onde fluem luzes harmônicas e asas conciliadoras.
Se de tua boca só se escutem palavras
Doces como o néctar e teu olhar
Transpire ares, ventos solidários
Também, quando indispensável,
Vociferas fumegantes labaredas doutrinárias
Que pesam e calam fundo nas consciências.
Mesmo que o tacape do racional ordene
Teu coração é quem comanda tuas decisões.
Como um pássaro vertiginoso, tu partes
para o descanso, digna jubilação após árdua jornada,
Levando nos teus alforjes um pouco de nós
E deixando muito de tuas marcas indeléveis!

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