aroldo camelo de melo
Há um clamor que ecoa plagas,
Ignotos mundos, longínquas nebulosas,
Mas o tempo mergulha em sisuda surdez.
Se me indago ou indago a outrem
Meus queixumes quedam-se nas ocas sombras.
Penso-me sábio e incendeio meu espírito
De vaidades vãs.
Não me chega a contenteza e a tristeza
E uma chama ardente que me queima a alma.
Não me silencio. Quero inflamar meu discurso.
Sinto minha língua leve e sonora.
Porém, creio que algo em mim ainda não vingou.
Estou entre a trave e o travesso. Falta-me o amor,
Porque se amo, amo sem efervescência.
De minha mesquinhez tenho consciência,
Mas busco a sublime esperança
De me elevar ao pedestal da bem-aventurança!
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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