segunda-feira, 5 de outubro de 2009

UM POEMA SEM SOFISMO

Meus pensamentos galopam
E me vejo debruçado à janela
Desertado da procela,
Em declive, das ilusões abdicado.

A tela que a vida me compôs
E uma equação de várias variáveis
E no complexo ilusório das paixões
Deixei meus sonhos libertários.

- Falhou! Diz meu coração vazio.
E se não fora esse tênue fio
A me ligar a esse real imaginário
Diria que fui um perdulário.

Construí muros e castelos
Transformei em oásis belos,
Paliçadas do meu deserto
E pus partitura no concerto
De uma vida que se queria
Um poema sem metáfora,
Sem azáfama e sem sofismo.

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