Aroldo Camelo de Melo
Sinto muito
Mas cortaram
O circuito,
O ar fortuito,
O mar gratuito,
O vento arguto...
Tudo conspira,
O sol transpira,
A lua não mais inspira
Nada admira
O poeta delira
E de repente
CURTO-CIRCUITO!!!
Fechou-se o curto,
O certo é torto,
O torto é certo,
O verso é reverso,
Sem ritmo, sem istmo.
Chega de teima-teima
E, mesmo que eu não queira,
A luz se esgueira
E não alumia
Minha alquimia.
E lá se foi
A pedra filosofal.
Assim esta poesia
No nada flutua
E se afoga
Num mar de sal...
ALGUÉM, POR FAVOR,
PROVOQUE UM CURTO!
Sinto muito
Mas cortaram o circuito!
Isto é um contributo
À loucura universal.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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