quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ODE A NERUDA

aroldo camelo de melo


O azul dos Andes, Neruda,
Me dizem muito de ti.
A transparência das cordilheiras
Deixam-me ver teu rosto.
As estrelas dos céus da América
Piscam e descrevem teu nome.
Não saberão os pássaros pantanosos
Cantar teu nome?
Saberão sim, Neruda, pois mesma
É a tua linguagem, tua retórica.
São teus versos heróicos, Neruda,
Pois dizem dos peregrinos dessas plagas
Que não se cansam de espalhar ares coloridos.
Sei que não te vanglorias, Neruda,
Do néctar que são teus escritos.
Os desnudos sentem-se em trajes de black-tie
Ao se embrenharem pelos meandros
De tuas luzes poéticas.
As madrugadas das terras de Bolívar,
Dormem embaladas no ritmo liberto
Dos teus poemas e sonham com a redenção.
Mesmo que caminhos torpes, labirintos de vertigens,
Sejam a marca da caminhada, não nos amedrontamos,
Pois o teu manto de luz será um clarão a nos guiar.
Neruda, a América te saúda!

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