quarta-feira, 7 de outubro de 2009

AQUI REINAVA A NATUREZA

A lagoa era bela. De águas mansas.
Povoada por aves pernaltas e aves
cantantes. Concerto a ceu aberto.
Murmurâncias de pássaros em sinfonia,
Saracuras e pavões com suas caudas
Multicoloridas. Em algazarra, corria
Um filhote de lobo-guará
Treinando seus dotes de predador.
Gaviões bailavam aos ceus em suas
Mirabolantes rotas, em seus mirabolantes veus.
Soberba, a natureza exalava aromas,
Abrindo os braços, suas portas,
Enquanto se ouvia uma girândola de vivas
De anjos celestiais em seus litúrgicos trajes.
Nada ousava rescindir aquele equilíbrio.
Quem capaz de tal ultraje?
Nada. Ninguém. Talvez o homem!

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