aroldo camelo de melo
Abaixo da linha do Equador.
Entre os trópicos.
Paralelo de fome e dor.
Onde o sol ferve
Em graus bem acima de zero.
Campos tórridos e banhados
Em sangue. Quem implora?
Paisagem desolada.
Sozinha a mãe África chora.
Sofrimento explícito. Fratura exposta
Nas ruínas. A terra se esvai, sangra.
Ninguém a se nomear tutor.
Desgraça corriqueira. Nada é mais horror!
Entre mortes e seus escombros,
Avalanche escatológica.
De onde emana tétrica ordem
Em sua perversa lógica?
O mundo lança olhares meros.
É a ordem do hodierno.
De nenhuma valia, vociferos.
Só a parúsia a livrar esse inferno!
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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